sábado, 25 de junho de 2016

COMO A SAÍDA DA GRÃ-BRETANHA AFETA SUA VIDA DE TURISTA

Na última quinta-feira (23/06/16), em um plebiscito, 51,9% dos britânicos decidiram que o Reino Unido da Grã Bretanhã deve sair da União Européia.
O sentimento de viverem numa ilha não é apenas territorial, mas também monetário, pois lá não se usa o euro.
Mesmo com a unificação da moeda no bloco, os britânicos continuaram a usar a libra.
Fora isso, não participam do Tratado de Schengen, que permite livre trânsito de pessoas usando apenas o carimbo dado por um dos países signatários no passaporte do viajante.
Isso quer dizer que, se você entra na Europa pela Espanha, por exemplo, poderá percorrer todos os outros países signatários do Acordo sem passar pela imigração.

Nós brasileiros usufruímos do Schengen e por isso não precisamos de visto na União Européia.
E realmente não creio que com a separação a Grã-Bretanha passe a exigir visto da gente.
Seria um grande tiro no pé, pois iria diminuir muito a quantidade de brazucas indo pra lá.
Londres, por exemplo, está entre as quatro cidades mais visitadas pelos brasileiros na Europa:https://www.facebook.com/europagastandopouco/photos/a.341551999302857.1073741828.339982679459789/432416216883101/?type=3&theater

Mas, se você for ao Reino Unido, terá que passar pela imigração deles e com os mesmos riscos de recusa, justamente porque eles não pactuaram com o Tratado de Schengen.
O tema imigração foi tratado aqui na página na seguinte publicação:

É preciso explicar que o Reino Unido é formado por quatro países: Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte.
Olhando o mapa de votação, nota-se que menos de 40% do escoceses votaram pela saída.
E, apenas 44,2% da Irlanda do Norte quer sair.

Daí você tira: o problema é maior do que se imagina.
Isso pode gerar um outro plebiscito na Escócia e na Irlanda do Norte para sair do Reino Unido e continuar na União Europeia.
Esse eventual plebiscito escocês e irlandês pode (e é quase certeza que vai), inspirar e aumentar ainda mais o movimento de separação da Catalunha, rachando a Espanha.
Para melhor entendimento, Catalunha é onde fica Barcelona, por exemplo. E o movimento separatista lá está bem forte após a crise 2008.

Na votação de quinta-feira (23/06/16), em Londres, capital da Inglaterra e do Reino, uma cidade extremamente democrática e cosmopolita, 59,9% optaram por continuar na UE, fato que tem causado agora pedidos de um segundo plebiscito sobre a saída.
Já tá rolando uma petição que já conta com mais de um milhão de assinaturas. Apenas dois dias, depois, amigos...

Tudo é muito nebuloso e incerto, pois o acordo entre Reino Unido e UE para a saída dos britânicos pode levar até dois anos, conforme o Tratado de Lisboa.
O que se prevê são duras sanções (entenda-se castigos) por parte da União Europeia aos britânicos.
Vai doer no bolso deles, pois é assim que funcionam os divórcios.

Bem provável que o Reino Unido entre em crise econômica.
Nesses momentos, é natural ficar mais fácil de os turistas passarem pela imigração e os custos do turismo serem mais baixos, pois o país precisa de dinheiro e faz de tudo para atrair turistas.

Os brasileiros que têm dupla cidadania da Itália, Portugal e Espanha, por exemplo, não precisavam passar por procedimentos de imigração na Grã-Bretanha, justamente porque estavam todos na União Européia.
Mas, agora, com todo sentimento anti-imigração que cresce entre os britânicos, é bem provável que independente de sua nacionalidade e de onde é seu passaporte, você vai passar pela imigração, sim senhor!

Se você é brasileiro e vive na Grá-Bretanha com passaporte de algum país da União Europeia, corra para tirar a cidadania britânica. Corra.
Com a decisão de sair dada pelo resultado do plebiscito, a libra despencou perante o dólar e o euro. Isso é bom para nós brasileiros também, pois fica mais barato viajar pra lá.
Mas, que fique bem claro: tudo ainda pode acontecer.
O Parlamento britânico ainda precisa aprovar o resultado do plebiscito e lá 70% dos membros se dizem contra a saída.
Vamos ver se terão coragem política suficiente para contrariar o resultado de uma votação popular e ser racionais.
Digo isso porque o movimento de saída da UE é movido pura e simplesmente por xenofobia, pois na economia é um desastre para todos.
Por isso que Obama e o próprio primeiro-ministro britânico David Cameron sempre deixaram claro que são contra a saída.

Pode ser até que, com a pressão popular, seja feito outro plebiscito.
Vai saber...

O fato é que a votação foi apertada e as perspectivas não são boas pra ninguém no que diz respeito à economia, principalmente ao Reino Unido que irá se isolar e ficar, literalmente, ilhado.
Eis algumas cidades que estão no Reino Unido da Grã-Bretanha:
Londres, Liverpool, Bristol, Manchester, Birmingham, Edimburgo, Glasgow, Belfast e Cardiff (palco da final da Champions League de 2017).



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